Saturday, March 27, 2010

O CULTO À IGNORÂNCIA

Há certos modismos que causam profundo dano na formação da personalidade de um país. Um deles, especificamente, é o culto à ignorância e à pobreza.

O problema começa com a Igreja fazendo a apologia da pobreza, transformando o pobre em uma espécie de ser puro. As novelas de TV, de grande penetração popular, reforçam o conceito ao caracterizar os personagens “ricos” como vilões capazes de toda sorte de maldades.

A intelectualidade brasileira, majoritariamente de esquerda, faz eco, valorizando tudo que esteja relacionado ao popular o que, em um país terceiro-mundista, significa valorizar o pobre.

A pobreza e a ignorância não necessariamente estão interrelacionadas mas o que se observa é que, salvo as exceções óbvias, onde uma vai a outra a acompanha.

Não quero aqui abraçar uma tese conspiratória mas algo me diz que há interesses escusos que trabalham na perpetuação deste conceito porque lhes convém. O pobre, mas principalmente o ignorante, é presa fácil dos políticos populistas e corruptos, que costumam adotar políticas assistencialistas que não resolvem o problema.

São exemplos os inúmeros programas assistenciais promovidos pelo governo há décadas sem nenhum resultado prático no sentido de por fim à pobreza ou à ignorância. Outro exemplo é a situação do ensino. Hoje podemos dizer que todas as crianças têm acesso aos bancos escolares mas a qualidade de ensino caiu de tal maneira que temos um enorme contingente de alfabetizados...ignorantes.

E esse modismo nos levou ao erro fundamental: eleger um ignorante para a presidência da república, com a justificativa que diploma não é garantia de nada e que justamente por ter origem humilde Lula compreenderia as necessidades do povo melhor do que ninguém.

E deu no que está dando...

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