Thursday, November 29, 2012

A HUMILHAÇÃO FINAL



A HUMILHAÇÃO FINAL


A humilhação final do Brasil só poderia ser com relação a alguma coisa muito importante para o País: poderia ser com relação à cerveja, o carnaval, a bunda da mulher ou o futebol. Foi com o futebol!

O  futebol brasileiro já teve lá as suas glórias, talvez mais bem representadas pelas vitórias nas copas da Suécia e do México. As outras três estrelas não tiveram o mesmo brilho. Depois do México, a ladeira abaixo, em termos qualitativos e morais, foi uma constante.

A CBF, depois de ser comandada por Havelange por 17 anos passou pelas mãos de uns cartolas transitórios por uns poucos anos até que o velho Havelange finalmente conseguisse emplacar seu genro Ricardo Teixeira, que se pendurou no cargo por mais de 23 anos. A criatura superou o criador! Qualquer dirigente que permanece num cargo por tanto tempo sempre acaba cedendo a umas picaretagens. Imaginemos então do que é capaz alguém que já tem a picaretagem no DNA. Não bastasse isso, após a defenestragem do Ricardo Teixeira quem o sucedeu em 2012? Alguém de sangue novo, com idéias inovadoras? Não exatamente: o novo presidente da CBF, na boca de uma Copa a ser sediada no Brasil é o glorioso José Maria Marin, 80 anos de idade, cabelos tingidos e uma folha corrida daquelas! No ano passado, numa cerimônia de premiação de jogadores, foi flagrado colocando furtivamente uma das medalhas no bolso do seu paletó. Uma glória! E pensar de uma figura dessas já foi até governador de São Paulo por uns meses...

Fica, assim, estabelecida de maneira clara e insofismável a falência moral do futebol brasileiro do ponto de vista administrativo que, da cúpula, se espalhou por todo o sistema. Resta analisar do ponto de vista técnico. Na copa de 1958 na Suécia, o Brasil encantou o mundo com um futebol criativo, irreverente e acima de tudo ofensivo. Mas não durou muito pois com o passar dos anos a nova geração de técnicos foi adotando de forma generalizada uma postura mais defensiva: a expressão-chave, válida até hoje, é o “4-4-2”. Dois míseros atacantes e o resto lá trás defendendo. Chegamos ao ponto de ouvir da anta Zagalo que o empate é um grande resultado e que, de empate em empate, chegaríamos à vitória final. Este foi um grande imbecil que causou um enorme dano ao futebol brasileiro. E assim fomos acumulando alternativamente derrotas e vitórias inexpressivas, até os dias atuais.

E aí veio a humilhação final, a capitulação, o reconhecimento de que somos, realmente, de fritar bolinho. Na queda do técnico Mano, outra nulidade que em menos de 360 dias ninguém mais vai se lembrar nem do nome do coitado, cogitou-se de contratar como técnico da seleção brasileira o espanhol, ou melhor, o catalão Pep Guardiola, ex-técnico do Barcelona!!!! Acabou-se escolhendo o Luiz Felipe Scolari (que até chegou a ganhar uma copa para o Brasil mais por mérito dos jogadores), brilhante figura que recomenda aos seus comandados que cuspam na cara dos adversários para os desestabilizarem emocionalmente e que, cuja última e recentíssima proeza, foi a de ter conduzido o Palmeiras para um glorioso rebaixamento para a segunda divisão.

Esse é o Brasir, do ano dois mir!!!!!!

Thursday, November 22, 2012

O ESTADO DE ISRAEL : UM MONUMENTAL ERRO ESTRATÉGICO

Um breve histórico

Durante o século XIX a região da Palestina fazia parte do então decadente Império Otomano. No final daquele século começou na Europa o movimento sionista, cujo objetivo final era a reunião do povo judeu espalhado pelo mundo desde a Diáspora. No final da Primeira Guerra Mundial os ingleses, com a ajuda dos árabes, tomaram a Palestina dos turcos otomanos e, nessa mesma época, os ingleses também fizeram a “Declaração de Balfour”, que se constituiu em um apoio à idéia da criação de um estado judeu na Palestina. A Liga das Nações, em 1922, oficializou a outorga à Inglaterra de um mandato sobre a região. Esses fatos combinados se constituíram em um grande incentivo ao movimento sionista, o que se traduziu na intensificação da imigração de judeus para a região. A população judaica na Palestina que era de 25.000 pessoas em 1880 subiu para 85.000 em 1914 e daí em diante passou a crescer aceleradamente. Logo após a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra entregou à recém-criada ONU a missão de encontrar uma solução para o problema da região. E a solução encontrada foi a partição da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Os judeus, ainda que relutantemente, aceitaram-na mas os árabes a rejeitaram. Quase que imediatamente após a criação do Estado de Israel iniciaram-se os conflitos armados entre judeus e árabes os quais, ainda que de forma intermitente, nunca cessaram. Pelo contrário, se intensificam cada vez mais.

Israel : Uma solução romântica

A idéia do movimento sionista de promover um retorno “à casa” é, essencialmente, uma idéia romântica, descolada da realidade política contemporânea. Houve uma confusão básica entre a necessidade de se “retornar à casa” e a de se “estabelecer uma casa”. Jerusalém, e por extensão a Palestina, se constitui em uma região de profundo significado religioso não só para os judeus, mas também para cristãos e muçulmanos. Deveria ser uma área de domínio internacional, com livre acesso a todos que quisessem visitar os lugares santos, sob o manto de proteção da ONU e tratada, globalmente, como um patrimônio da humanidade. A religião é um conjunto de crenças e práticas que independe de um local específico para sobreviver. Assim como não é necessária uma igreja para se orar, também não é necessária a posse de um local sagrado para que a religião sobreviva. Por essa razão, a criação do Estado de Israel na Palestina foi uma decisão, ao mesmo tempo, romântica e simplista, com gravíssimas conseqüências geopolíticas internacionais.

Israel: Uma oportunidade perdida

Se a Inglaterra na época da criação do Estado de Israel estava disposta a ceder um território colonial (e é bom que se lembre que essa disposição se confirmou nos anos que se seguiram, com o acelerado processo de desmonte do império colonial inglês envolvendo a India, as colônias africanas e outras por diversos cantos do mundo), poderia ter oferecido uma solução melhor: por exemplo, a Guiana Inglesa (desde a sua independência em 1966, simplesmente, Guiana). Para as mentes convencionais a idéia pode parecer absurda, mas um julgamento desses não resiste à algumas evidências. O movimento sionista perderia a posse de seus locais sagrados mas, como prêmio de consolação, estes estariam preservados pelo mandato da ONU e acessíveis a todos que por lá quisessem peregrinar. Ou até morar. A área da Guiana é dez vezes maior do que a de Israel e sua população em 1948 era da ordem de 400 mil habitantes. Os conflitos locais, no caso da instalação de um estado judeu na Guiana, seriam mínimos. Os judeus estariam trocando uma situação altamente explosiva, cercados de inimigos por todos os lados, por outra, essencialmente pacífica. Teriam um território abundante, rico em matérias primas e uma vizinhança amistosa ou, no mínimo, neutra. Estariam mais distantes da Europa, mas mais próximos de seu mais poderoso aliado que são os EUA. E poderiam por todo o seu gênio inventivo, sua energia criadora concentrada na criação de um estado modelar, pacífico e rico.

Wednesday, August 01, 2012

UM EXEMPLO PARA O BRASIL

O Wall Street Journal de 01 de agosto de 2012 traz uma notícia que deveria servir de exemplo para o Brasil: a justiça federal americana condenou um funcionário público do estado de Ohio a 28 anos (sim, vinte e oito) anos de cadeia por corrupção. Ele vendia favores a diversos interessados. Depois de 60 mil horas de gravações telefonicas, a procuradoria federal prendeu e a justiça condenou outras 50 pessoas por participação nos crimes de concussão do funcionário em questão. O interessante é que a procuradoria pediu 22 anos de prisão mas o juíz aumentou a pena em mais 6 anos alegando que seus atos contribuiram para denegrir a imagem dos funcionários públicos em geral, causando prejuízo incalculável à administração pública. Se a moda pega no Brasil, não sobra quase ninguém! A corrupção existe nos Estados Unidos, na Europa e em tudo quanto é lugar. A diferença, e que diferença!, é que nos Países ela é combatida, enquanto que nos Ajuntamentos de Gente ela é tolerada.

Friday, July 13, 2012

BRASIL, PAÍS DE TOLOS III

Notícia divulgada em 12/07/12 pelo jornal O Globo dá conta que o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por corrupção e afastado da vida política até 2027, reassumiu no mesmo dia seu cargo de procurador no Ministério Público de Goiás. Com direito a sala exclusiva, dois assessores, plaquinha com o nome na porta e salário mensal de R$24.000,00 fora as mordomias tradicionais. Como é que pode? Só mesmo num país de tolos, de completos idiotas, é que é possível uma coisa dessas acontecer. Prendem-se a tecnicalidades e esquecem-se do essencial: o sujeito foi cassado por improbidade. Acontece que improbidade é improbidade. Não existe improbidade federal e improbidade estadual. Se ele não é probo para o cargo de senador, também não é probo para o cargo de vereador de Xiririca do Norte e nem para o de gerente do meu carrinho de pipocas. A bem da verdade, a tolice dos brasileiros vai além desse absurdo: neste caso, começou com a eleição da figurinha e vai continuar com a posse de seu sucessor no Senado que, aposto o que quiserem, é carta do mesmíssimo naipe.

Tuesday, June 12, 2012

O Crime Que Compensa

Nesta semana está "rolando" pela imprensa os detalhes do assassinato e esquartejamento do empresário Matsunaga pela sua mulher Elize. A imprensa se lambuza toda no caso escabroso e induz o público a um pré-julgamento, condenando a vítima e inocentando a criminosa. A criminosa é ex-garota de programa supostamente redimida e, portanto, guindada à condição de virtuosa e vítima da infidelidade do marido. Este, que mantinha um caso paralelo com outra garota de programa, é pintado pela imprensa como o "causador" do crime pela sua vida desregrada, desrespeito à mulher e sei lá mais o que. O movimento feminista e as cabeças que adoram as causas das minorias (e as putas, ainda mais as redimidas, fazem parte destas minorias "oprimidas" pela sociedade)imediatamente estabeleceram um cordão protetor em volta de Elize. Para variar, o pensamento politicamente correto se abstrai dos fatos e se fixa no enredo previamente estipulado. E a patuléia vai na onda. Coitado do Matsunaga!

Tuesday, April 03, 2012

BRASIL, PAÍS DE TOLOS II !!!!!!!!

Notícia divulgada hoje pela imprensa é auto-explicativa e nem precisa de comentários pois qualquer um, mesmo com microcefalia congênita, há de entender porque somos um País de tolos. Lá vai a notícia, na íntegra:

Um menor de 17 anos, que tem em sua ficha mais de 120 passagens pela polícia, atacou com uma tesoura uma promotora durante audiência na Justiça, na tarde dessa segunda-feira (2). A agressão aconteceu no foro de Soledade (220 km de Porto Alegre), no norte do Rio Grande do Sul.

Conhecido pela polícia e por grande parte dos cerca de 30 mil habitantes da cidade, o rapaz iniciou na delinquência antes dos 12 anos de idade. De lá pra cá, acumula diversas passagens pela polícia, principalmente por furtos e roubos.

Nessa segunda-feira, ele estava presente à segunda audiência que avalia seus atos infracionais quando, no momento em que o juiz autorizou a retirada de suas algemas, avançou sobre uma mesa, pegou uma tesoura e se lançou em direção ao pescoço da promotora Camila Santos da Cunha. A mulher teve que ser protegida por um agente penitenciário, pelo advogado do menor e pelo próprio juiz, até o rapaz ser contido.

Depois do incidente, foi feito na delegacia de Soledade um PAAI (Procedimento de Apuração de Ato Infracional), e o agressor, levado de volta para o Centro de Atendimento Sócio Educativo da cidade de Passo Fundo, onde ele está recolhido. Muito abalada, a promotora prestou depoimento, mas está evitando comentar o caso com a imprensa.

“Instauramos esse PAAI, mas em dezembro, depois que o menor completar 18 anos, ele terá todos seus antecedentes zerados, conforme estipula o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente]”, disse o delegado de Soledade, Sander Ribas Cajal.

Segundo ele, o menor e um comparsa, já maior de idade, são responsáveis por grande parte dos pequenos furtos na cidade. Tudo para manter seu vício no crack. “Quando ele foi recolhido, registramos queda de mais de 60% nos furtos. São pequenos, mas que incomodam muito as pessoas.”

O menor vive na rua. Até pouco tempo era criado pela avó, porém, teria se desentendido e até a ameaçado. Procurado, o defensor público que acompanhou o rapaz na audiência não foi encontrado.


Mandar um cara desses, molecão de 17 anos e profissional do crime, para um Centro de Atendimento Sócio-Educativo é brincadeira!!!! Mais brincadeira ainda é dizer que, ao completar 18 anos, sua ficha policial quilométrica será zerada.

O Brasil, com essas coisas, ao invés de ir se tornando uma sociedade moderna, na verdade vai se transformando num paraíso das fantasias, construído por bandos de deslumbrados sem o menor contato com a realidade.

Monday, March 12, 2012

BRASIL, PAÍS DE TOLOS!!!!!!

Recentemente o Ministério dos Esportes aprovou uma verba de R$1 milhão para um programa de formação do neto do Émerson Fittipaldi como piloto da Nascar. O moleque tem 15 anos de idade, é nascido e vive nos Estados Unidos e, segundo consta, é bem riquinho!

Enquanto se sabe que o esporte brasileiro tem um desempenho global prá lá de medíocre, conforme atesta nossa performance nas mais diversas modalidades esportivas pelo mundo afora (inclusive no futebol, diga-se de passagem!), alocar recursos para um programa como esse é uma bofetada na cara de todos os brasileiros.

O Brasil é, realmente, um País de uns poucos espertalhões e uma multidão de tolos que, quietos e absolutamente passivos, assistem a estas barbaridades sem dar um pio.

É o fim da picada!


E.T. : no dia seguinte à publicação pela imprensa deste absurdo, o instituto EF (Émerson Fittipaldi) resolveu divulgar uma nota ridícula para justificar a garfada. Entre outras platitudes, afirmou que "Tudo dentro da mais absoluta legalidade e das melhores práticas. O mecanismo desta lei, é importante frisar, não leva recursos públicos ao beneficiário. Emprega o direito adquirido pelas empresas brasileiras de utilizar parte do imposto de renda devido para apoiar projetos esportivos."

Uma ova! Só neste trecho duas observações: 1) tudo pode ter sido feito dentro da mais absoluta legalidade (embora também dentro da mais absoluta imoralidade)
mas, certamente, não dentro das melhores práticas. Ao Ministério dos Esportes cabe NÃO SÓ examinar a legalidade da operação como, principalmente, o MÉRITO dela. E, no quesito mérito, não há como justificar uma barbaridade dessas quando se sabe, por exemplo, que metade das escolas brasileiras carece do mais básico em matéria de esporte, que é uma simples e honesta quadra; 2) O tal Instituto EF acha que somos todos uns idiotas (bem, no fundo, no fundo, somos mesmo!) ao dizer que o projeto não leva recursos públicos!!!!!!!!!!!Ah, sei! Só para ver se entendi mesmo: a empresa X abate de seu imposto de renda pessoa jurídica uma importância Y para que seja destinada ao desenvolvimento do esporte. Esta verba é repassada ao pimpolho. Então, o que deveria ir para os cofres da União sob forma de Imposto de Renda da empresa doadora vai para o bolso do pimpolho e isso não é recurso público. É isso, cara pálida?


Proponente: Instituto Emerson Fittipaldi -02.339.999/0001-23
Título do Projeto: Programa de Formação do Piloto Pietro Fittipaldi na NASCAR
Nº SLIE: 1101751-15 UF: SP
Nº do Processo: 58701.000154/2011-45 Estimativa Público: 2160001
Valor Aprovado para Captação (R$): 1.001.203,00 Prazo para Captação: 22/09/2011 a 31/12/2012