Nesta semana a imprensa vem dando corda para
uma tal de Ana Paula Maciel, uma brasileira que se diz bióloga e ativista do
Greenpeace, recentemente envolvida no protesto junto à costa russa do Ártico, o
que lhe valeu umas semanas de cana e grande cobertura da imprensa, provável
motivo de múltiplos orgasmos.
Não passa de uma boboca bem intencionada, mal
informada e sem nenhum apego ao rigor científico que sua formação exige. O Greenpeace
se posta como ONG sem fins lucrativos mas tem mais de 2.500 funcionários,
15.000 ativistas e um orçamento muito nebuloso, mas que parece ir bem acima das
previsões mais conservadoras de €300 milhões. E tem uma diretoria que cruza o
planeta em missões de arrecadação do precioso e vil metal que garante o
funcionamento da máquina, proporcionando-lhe salários equivalentes aos de
banqueiros e presidentes de grandes corporações. E, como ninguém é de ferro,
viajam de primeira classe, hospedam-se em hotéis cinco estrelas e comem nos
mais refinados restaurantes. Tudo por conta de doadores bem intencionados. Mas
o exército de 15.000 voluntários e sei lá eu mais quantos doadores entre os bem
intencionados (tipo Leonardo DiCaprio e Madonna) e os mal intencionados (tipo
Al Gore e George Soros) só enxerga o urso polar de olhar desolado, perdido na
imensidão do Ártico!
Quem se dá ao trabalho de tomar conhecimento da
declaração proferida em 1981 pelo Dr. Patrick Moore, presidente do Greenpeace, não pode ser voluntário, funcionário, doador ou admirador
passivo desse monstrengo que é a organização. Para quem não conhece a
famosa frase, lá vai, no original: “It
does not matter what is true, it only matters what people believe is true.
A nossa Ana Paula também precisa de um banho de
coerência pois dá entrevista protegida do inverno russo com um belo casaco de
nylon, derivado do petróleo que ela abomina e exibindo, num sorriso quase
beato, seu aparelho ortodôntico feito de titânio, que deve poluir uma
barbaridade para ser extraído das profundezas da Mãe-Gaia! E ninguém entra no
mérito de como o navio deles chegou ao Ártico: imagino que deveria haver uns
duzentos ativistas sentados na popa, batendo os pés para fazê-lo singrar no
sagrado oceano pois navio do Greenpeace não queima óleo combustível. Faça-me o
favor!!!!
Melhor seria que ela se preocupasse menos com o
Ártico e mais com a miséria existente aqui mesmo, no seu chão brasileiro. Temos
o comprometimento do ecosistema da Amazonia, a falta de saneamento básico nos
aglomerados urbanos, a poluição atmosférica....problemas é que não faltam por
aqui.
Acorde, menina!