Thursday, May 19, 2011

A QUEDA DO DIRETOR-GERENTE DO FMI

Esse caso dá no que pensar! Independentemente do estupro ou quase estupro ter sido uma armação ou não, o aspecto mais interessante é o que mostra o quanto estamos dependentes das fragilidades humanas.

Esse diretor-gerente, o Dominique Strauss-Kahn, é um economista mundialmente respeitado, professor universitário na França, figura proeminente do Partido Socialista Francês e, mais importante, um pré-candidato à sucessão do presidente Nicolas Sarkozy e que, segundo pesquisas eleitorais, ostentava sólida vantagem sobre o presidente. Essa figurinha estava com tudo nos eixos para ser o presidente de uma das mais importantes nações do planeta, um país com mais de 65 milhões de habitantes e detentor de tecnologia bélica nuclear. E, no entanto, essa figurinha carimbada tentou dar um crau na camareira do hotel!!!!A desculpa da armação não cola pois se a moça se insinuou para cima do gerente do FMI, cabia a ele repelir o avanço, no mínimo, em nome da possibilidade de armação.

O que é realmente assustador é ver o quão pobre pode ser o julgamento de uma pessoa tão preparada e escolada. E o caso não é único: lembremo-nos também do Elliot Spitzer, procurador implacável do Estado de New York, eleito governador do Estado e considerado um pré-candidato à presidência dos EUA. Esse cara, no exercício da governança do Estado de New York, combinou um encontro com uma garota de programa num hotel da cidade e foi pego com a boca na botija. Outra vez, pouco importa saber se foi ou não vítima de armação de seus inimigos políticos pois a pobreza de julgamento também foi inegável. E também temos o caso hors-concours do Presidente Clinton com a Monica Lewinski!

Rememorar todos esses casos absurdos, que revelam a precariedade de julgamento dos poderosos, nos assusta pois fica claro que estamos todos nas mãos de gente que, no fundo no fundo, está muito menos preparada do que se pensa para o exercício de funções tão importantes como as de governar um país. Dá medo.....um Clinton numa sessão de chupetinha com a estagiária ou um Bóris Yeltsin bebaço, ao lado de uma garrafa de vodka devidamente enxugada durante o expediente, ambos com um dedo no gatilho nuclear.

Acho que é melhor nem pensar mais nisso!!!