Em 1918, já no final da 1ª Guerra Mundial, nossos navios receberam ordens dos ingleses para seguirem para Gibraltar, tendo ocorrido na rota alguns incidentes. O couraçado Britânia, designado para acompanhar a flotilha brasileira, tinha sido afundado por um submarino e havia um alerta de presença de submergíveis na área. Esse alerta gerou muita tensão, o que pode explicar as confusões ocorridas. A mais conhecida delas foi a 'Batalha das Toninhas', quando um cardume foi confundido com o rastro de um periscópio, fazendo com que o navio Bahia disparasse seus canhões contra "os submarinos alemães".
O episódio foi objeto de uma aula de História numa escola brasileira (nem a escola, nem o professor foram identificados) que, mostrada na Internet como um exemplo do que é ser um professor "cool" é, na verdade, a antítese disso. Sempre defendi a idéia de que os professores devem ser bons comunicadores além, é óbvio, de conhecerem a matéria que lhes diz respeito. E um bom comunicador é aquele que consegue estabelecer uma sintonia com o seu público. O professor em questão até faz uso de certos recursos para obter este efeito. É exemplo disso, a citação que ele faz dos conjuntos artísticos que deveriam estar “acompanhando” o pessoal na missão. Entretanto, o uso exagerado de palavrões não é adequado para o ambiente de uma sala de aula onde, além da matéria em si, também é ensinada de forma indireta a correção da linguagem. Acho que ele poderia ter dado essa mesma aula, engraçada, sintonizada com o público jovem da classe, mas sem essas apelações. Obviamente este professor está mais preocupado com o seu desempenho de "showman" do que com a sua função de educador. Este é mais um exemplo, dentro de uma visão "micro", da falência do nosso ensino. Agora veja o vídeo anexo e a performance do professor......
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